Na quinta-feira, 01 de março de 2012, os trabalhadores rurais assentados do Pontal do Tigre, Município de Querência do Norte-PR, foram surpreendidos com a informação de que o antigo proprietário da área (Grupo Atalla) ganhou em última instância o direito de reaver a área de 10.800 ha. Os trabalhadores ocuparam a área em 1988 e foram definitivamente assentados (imissão de posse da terra pelo governo federal), em 1995.
As mais de 326 famílias assentadas estão perplexas com a notícia, pois já estão legalmente assentadas há 17 anos.
Para conhecimento, até 1988 a área Pontal do Tigre era improdutiva. Atualmente, além de produtiva, os assentados construíram toda uma vida estruturada com tudo o que se possa imaginar. Diante do que se vislumbra, faz-se necessário o envolvimento do Brasil em busca de esforços político, social e jurídico. Encontrar caminhos jurídicos e políticos para reverter a situação é PRIORIDADE para a próxima semana. Penso urgente o envolvimento de entidades como MNDH-Brasil, RENAP, Rede Nacional de Direitos Humanos, OAB, Justiça global, Terra de Direitos e tantas outras, assim como do Ministério Público e políticos defensores da terra para fins sociais (produtividade) e não para fins de especulação.
Para conhecer melhor a história do Pontal do Tigre e de seus assentados (agora em risco de despejo), leia o livro "História social: da invasão do Brasil ao maxixe e lambari", resultado de pesquisa de mestrado: http://www.graficamassoni.com.br/livros/0428120034.pdf
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